quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Professor(es)... Missão difícil...

Blog O Filtro

Levantamento mostra que Estados descumprem lei do piso nacional para professores

 

Não bastasse a má remuneração dos professores da rede pública, os docentes estão recebendo menos do que a lei nacional do piso do magistério determina e passando mais tempo dentro da sala de aula do que a lei prevê.
Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo traz nesta quarta-feira (16) um levantamento que mostra que, em pelo menos 17 dos 27 unidades da federação, a regra não é cumprida. A legislação determina que os professores da educação básica pública deveriam receber salário mínimo de R$ 1.187, numa jornada semanal de 40 horas, tirando as gratificações, e assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora da sala para preparar aulas.
Segundo o levantamento, a jornada extraclasse é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem. Em São Paulo, por exemplo, quando os docentes deveriam passar 33% da carga horária fora da classe, passam apenas 17%. Do grupo de Estados que desrespeitam essa regra, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pará e Bahia também não pagam o mínimo salarial, ou seja, estão totalmente fora da legislação nacional.
A lei do piso foi sancionada em julho de 2008, mas foi contestada três meses depois no Supremo Tribunal Federal pelos governos de MS, PR, SC, RS e CE. Os Estados argumentaram que a decisão de pagar o mínimo cabe aos Estados e municípios.
O Ministério da Educação afirma que a regra deve ser aplicada imediatamente, mas que não pode obrigar Estados e municípios a cumpri-la.
Em resposta à reportagem, os Estados disseram que vão se adequar à lei.
O governo de São Paulo informou “que finaliza” o mecanismo para adotar a carga extraclasse mínima. O Rio Grande do Sul disse que se adaptará até 2014. Minas Gerais afirmou que já encaminhou projeto ao Legislativo para se adequar. A Bahia afirmou que fechou acordo na semana passada com os docentes. Maranhão disse que já finalizou o projeto. Rondônia, Goiás, Pará e Espírito Santo afirmaram que se adequarão. Acre e Rio Grande do Norte disseram possuir avaliação interna que aponta que cumprem a carga extraclasse, ainda que os percentuais estejam abaixo dos 33%. Pernambuco afirmou que ainda há dúvidas jurídicas em relação à lei.
Keila Cândido

Quem é Nem?

Ruth de Aquino, da Revista Época, o entrevistou...

Meu encontro com Nem

RUTH DE AQUINO

Era sexta-feira 4 de novembro. Cheguei à Rua 2 às 18 horas. Ali fica, num beco, a casa comprada recentemente por Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, por R$ 115 mil. Apenas dez minutos de carro separam minha casa no asfalto do coração da Rocinha. Por meio de contatos na favela com uma igreja que recupera drogados, traficantes e prostitutas, ficara acertado um encontro com Nem. Aos 35 anos, ele era o chefe do tráfico na favela havia seis anos. Era o dono do morro.
Queria entender o homem por trás do mito do “inimigo número um” da cidade. Nem é tratado de “presidente” por quem convive com ele. Temido e cortejado. Às terças-feiras, recebia a comunidade e analisava pedidos e disputas. Sexta era dia de pagamentos. Me disseram que ele dormia de dia e trabalhava à noite – e que é muito ligado à mãe, com quem sai de braços dados, para conversar e beber cerveja. Comprou várias casas nos últimos tempos e havia boatos fortes de que se entregaria em breve.
Logo que cheguei, soube que tinha passado por ele junto à mesa de pingue-pongue na rua. Todos sabiam que eu era uma pessoa “de fora”, do outro lado do muro invisível, no asfalto. Valas e uma montanha de lixo na esquina mostram o abandono de uma rua que já teve um posto policial, hoje fechado. Uma latinha vazia passa zunindo perto de meu rosto – tinha sido jogada por uma moça de short que passou de moto.
Aguardei por três horas, fui levada a diferentes lugares. Meus intermediários estavam nervosos porque “cabeças rolariam se tivesse um botãozinho na roupa para gravar ou uma câmera escondida”. Cheguei a perguntar: “Não está havendo uma inversão? Não deveria ser eu a estar nervosa e com medo?”. Às 21 horas, na garupa de um mototáxi, sem capacete, subi por vielas esburacadas e escuras, tirando fino dos ônibus e ouvindo o ruído da Rocinha, misto de funk, alto-falantes e televisores nos botequins. Cruzei com a loura Danúbia, atual mulher de Nem, pilo-tando uma moto laranja, com os cabelos longos na cintura. Fui até o alto, na Vila Verde, e tive a primeira surpresa.


Não encontrei Nem numa sala malocada, cercado de homens armados. O cenário não podia ser mais inocente. Era público, bem iluminado e aberto: o novo campo de futebol da Rocinha, com grama sintética. Crianças e adultos jogavam. O céu estava estrelado e a vista mostrava as luzes dos barracos que abrigam 70 mil moradores. Nem se preparava para entrar em campo. Enfaixava com muitos esparadrapos o tornozelo direito. Mal me olhava nesse ritual. Conversava com um pastor sobre um rapaz viciado de 22 anos: “Pegou ele, pastor? Não pode desistir. A igreja não pode desistir nunca de recuperar alguém. Caraca, ele estava limpo, sem droga, tinha encontrado um emprego... me fala depois”, disse Nem. Colocou o meião, a tornozeleira por cima e levantou, me olhando de frente.
Foi a segunda surpresa. Alto, moreno e musculoso, muito diferente da imagem divulgada na mídia, de um rapaz franzino com topete descolorido e riso antipático, como o do Coringa. Nem é pai de sete filhos. “Dois me adotaram; me chamam de pai e me pedem bênção.” O último é um bebê com Danúbia, que montou um salão de beleza, segundo ele “com empréstimo no banco, e está pagando as prestações”. Nem é flamenguista doente. Mas vestia azul e branco, cores de seu time na favela. Camisa da Nike sem manga, boné, chuteiras.
– Em que posição você joga, Nem? – perguntei.
– De teimoso – disse, rindo –, meu tornozelo é bichado e ninguém me respeita mais em campo.
Foi uma conversa de 30 minutos, em pé. Educado, tranquilo, me chamou de senhora, não falou palavrão e não comentou acusações que pesam contra ele. Disse que não daria entrevista. “Para quê? Ninguém vai acreditar em mim, mas não sou o bandido mais perigoso do Rio.” Não quis gravador nem fotos. Meu silêncio foi mantido até sua prisão. A seguir, a reconstituição de um extrato de nossa conversa.
Acho que em menos de 20 anos a maconha vai ser liberada no Brasil. Já pensou quanto as empresas iam lucrar? "
Nem, líder do tráfico 
UPP “O Rio precisava de um projeto assim. A sociedade tem razão em não suportar bandidos descendo armados do morro para assaltar no asfalto e depois voltar. Aqui na Rocinha não tem roubo de carro, ninguém rouba nada, às vezes uma moto ou outra. Não gosto de ver bandido com um monte de arma pendurada, fantasiado. A UPP é um projeto excelente, mas tem problemas. Imagina os policiais mal remunerados, mesmo os novos, controlando todos os becos de uma favela. Quantos não vão aceitar R$ 100 para ignorar a boca de fumo?”
Beltrame “Um dos caras mais inteligentes que já vi. Se tivesse mais caras assim, tudo seria melhor. Ele fala o que tem de ser dito. UPP não adianta se for só ocupação policial. Tem de botar ginásios de esporte, escolas, dar oportunidade. Como pode Cuba ter mais medalhas que a gente em Olimpíada? Se um filho de pobre fizesse prova do Enem com a mesma chance de um filho de rico, ele não ia para o tráfico. Ia para a faculdade.”
Religião “Não vou para o inferno. Leio a Bíblia sempre, pergunto a meus filhos todo dia se foram à escola, tento impedir garotos de entrar no crime, dou dinheiro para comida, aluguel, escola, para sumir daqui. Faço cultos na minha casa, chamo pastores. Mas não tenho ligação com nenhuma igreja. Minha ligação é com Deus. Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Mas só de uns sete anos para cá comecei a entender melhor os crentes. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta.”
Prisão “É muito ruim a vida do crime. Eu e um monte queremos largar. Bom é poder ir à praia, ao cinema, passear com a família sem medo de ser perseguido ou morto. Queria dormir em paz. Levar meu filho ao zoológico. Tenho medo de faltar a meus filhos. Porque o pai tem mais autoridade que a mãe. Diz que não, e é não. Na Colômbia, eles tiraram do crime milhares de guerrilheiros das Farc porque deram anistia e oportunidade para se integrarem à sociedade. Não peço anistia. Quero pagar minha dívida com a sociedade.”
Drogas “Não uso droga, só bebo com os amigos. Acho que em menos de 20 anos a maconha vai ser liberada no Brasil. Nos Estados Unidos, está quase. Já pensou quanto as empresas iam lucrar? Iam engolir o tráfico. Não negocio crack e proíbo trazer crack para a Rocinha. Porque isso destrói as pessoas, as famílias e a comunidade inteira. Conheço gente que usa cocaína há 30 anos e que funciona. Mas com o crack as pessoas assaltam e roubam tudo na frente.”
Recuperação “Mando para a casa de recuperação na Cidade de Deus garotas prostitutas, meninos viciados. Para não cair na vida nem ficar doente com aids, essa meninada precisa ter família e futuro. A UPP, para dar certo, precisa fazer a inclusão social dessas pessoas. É o que diz o Beltrame. E eu digo a todos os meus que estão no tráfico: a hora é agora. Quem quiser se recuperar vai para a igreja e se entrega para pagar o que deve e se salvar.”
Ídolo “Meu ídolo é o Lula. Adoro o Lula. Ele foi quem combateu o crime com mais sucesso. Por causa do PAC da Rocinha. Cinquenta dos meus homens saíram do tráfico para trabalhar nas obras. Sabe quantos voltaram para o crime? Nenhum. Porque viram que tinham trabalho e futuro na construção civil.”
Policiais “Pago muito por mês a policiais. Mas tenho mais policiais amigos do que policiais a quem eu pago. Eles sabem que eu digo: nada de atirar em policial que entra na favela. São todos pais de família, vêm para cá mandados, vão levar um tiro sem mais nem menos?”
Tráfico “Sei que dizem que entrei no tráfico por causa da minha filha. Ela tinha 10 meses e uma doença raríssima, precisava colocar cateter, um troço caro, e o Lulu (ex-chefe) me emprestou o dinheiro. Mas prefiro dizer que entrei no tráfico porque entrei. E não compensa.”
Nem estava ansioso para jogar futebol. Acabara de sair da academia onde faz musculação. Não me mandou embora, mas percebi que meu tempo tinha acabado. Desci a pé. Demorei a dormir.

Mais ricos e mais pobres... Algumas diferenças...

Leio, na Revista Época, em 16/11/2011, que:

Renda dos mais ricos supera em 39 vezes a dos mais pobres

Os 10% mais ricos da população brasileira ganharam, em 2010, 44,5% do total de rendimentos, enquanto os 10% mais pobres ficaram com 1,1%

Dados do Censo 2010 divulgados nesta quarta-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que a desigualdade continua grande no Brasil apesar das sucessivas quedas reveladas por diversas pesquisas. O resultado que deixa esta condição mais clara é a comparação entre a renda dos 10% mais ricos e a renda dos 10% por mais pobres. O primeiro grupo ganha 39 vezes mais que o segundo. 

De acordo com os dados, os 10% mais ricos da população brasileira ganharam, em 2010, 44,5% do total de rendimentos, enquanto os 10% mais pobres ficaram com meros 1,1%. Em números absolutos, isso significa que um brasileiro que está na faixa mais pobre da população teria que reunir tudo o que ganha (R$ 137,06) durante três anos e três meses para chegar à renda média mensal de um integrante do grupo mais rico (R$ 5.345,22).
Outros recortes feitos pelo IBGE mostram mais números alarmantes sobre a desigualdade social. No que se refere ao rendimento médio mensal domiciliar, os 10% mais ricos ganhavam R$ 9.501, enquanto as famílias mais pobres viviam com apenas R$ 225 por mês. Enquanto o rendimento médio no grupo do 1% mais rico era de R$ 16.560,92, metade da população recebeu mensalmente, em 2010, valores menores que R$ 375 – valor já inferior ao salário mínimo federal, de R$ 510, pago na época.
Os dados valem para a população de 101,8 milhões de brasileiros com 10 anos ou mais de idade e algum tipo de rendimento em 2010. A renda média mensal apurada foi de R$ 1.202. Levando-se em conta os habitantes de todas as idades, o IBGE calculou a renda média mensal per capita de R$ 668.
Desigualdade geográfica 

O IBGE também mostra que as cidades de porte médio, com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, foram as que apresentaram a maior incidência de pobreza. Enquanto a proporção de pessoas que viviam com até R$ 70 de rendimento domiciliar per capita era, em média, de 6,3% no Brasil, nos municípios de 10 mil a 20 mil habitantes esse porcentual era o dobro (13,7%), com metade da população nessas cidades vivendo com até meio salário mínimo per capita. Já nas cidades com população superior a 500 mil habitantes, menos de 2% recebiam até R$ 70 per capita e cerca de um quatro (25%) vivia com até meio salário mínimo de rendimento domiciliar per capita.
Entre as capitais, segundo o IBGE, manteve-se a tendência de melhores níveis de rendimento domiciliar per capita nas regiões Sul e Sudeste. O maior valor (R$ 1.573) foi registrado em Florianópolis (SC), onde metade da população recebia até R$ 900. Em 17 das 26 capitais, metade da população não recebia até o valor do salário mínimo. Entre as capitais, a pior situação foi registrada em Macapá: rendimento médio domiciliar per capita de R$ 631, com 50% da população recebendo até R$ 316. A capital do Amapá também ficou com a maior proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 (5,5%) e até um quarto de salário mínimo (16,7%). No Sudeste, o Rio registrou os maiores porcentuais de pessoas nessas condições (1,1% e 4,5%, respectivamente). Os melhores indicadores foram observados em Florianópolis (SC): 0,3% da população com rendimento médio mensal domiciliar de até R$ 70 e 1,3% com até um quarto do salário mínimo.
Desigualdade por cor e gênero 
No Brasil, os rendimentos médios mensais dos brancos (R$ 1.538) e amarelos (R$ 1.574) se aproximaram do dobro do valor relativo aos grupos de pretos (R$ 834), pardos (R$ 845) ou indígenas (R$ 735). Entre as capitais, destacaram-se Salvador, com brancos ganhando 3,2 vezes mais do que pretos, Recife (3,0) e Belo Horizonte (2,9). Quando analisada a razão entre brancos e pardos, São Paulo apareceu no topo da lista, com brancos ganhando 2,7 vezes mais, seguida por Porto Alegre (2,3).
Os homens recebiam no país em média 42% mais que as mulheres (R$ 1.395, ante R$ 984), e metade deles ganhava até R$ 765, cerca de 50% a mais do que metade das mulheres (até R$ 510). No grupo dos municípios com até 50 mil habitantes, os homens recebiam, em média, 47% a mais que as mulheres: R$ 903 contra R$ 615. Já nos municípios com mais de 500 mil habitantes, os homens recebiam R$ 1.985, em média, e as mulheres, R$ 1.417, uma diferença de cerca de 40%.
REDAÇÃO ÉPOCA, COM AGÊNCIA ESTADO E AGÊNCIA BRASIL

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

CANDY, a musa do jazz

Venho lutando pela presença do sax na música, afirma 'musa do jazz'

Artista holandesa toca em SP nesta segunda (7) e no RJ nesta quarta (9).
Candy Dulfer já colaborou com nomes como Prince, Pink Floyd e Beyoncé.

Cauê Muraro Do G1, em São Paulo
Candy Dulfer (Foto: Divulgação)Candy gosta de "misturar estilos" (Foto: Divulgação)
A certa altura da conversa, a entrevistada passa a enumerar os artistas com os quais já trabalhou: “Van Morrison, Pink Floyd, Aretha Franklin, Beyoncé – e ela é tão legal...”. O fato de, em meio a tantos notáveis, Beyoncé ter sido a única a merecer um comentário específico diz muito sobre Candy Dulfer, a saxofonista holandesa que toca nesta segunda (7), no Teatro Bradesco, em São Paulo (SP).

Mas o que, afinal, explicaria o entusiasmo ao falar da esposa de Jay-Z? Uma hipótese possível é a identificação: Candy é frequentemente descrita como “musa do jazz”.

E basta olhar suas fotos de divulgação para entender que ela sabe tirar proveito dessa imagem. Embora não chegue a fazer poses tão ousadas quanto as da cantora de “Single Ladies”, Candy se mostra confortável diante da câmera. Dificilmente alguém lhe daria os 42 anos que tem. Mas na entrevista concedida ao G1, por telefone, ela não quer falar muito sobre isso.
Candy não parece propriamente incomodada com o tema, mas prefere destacar dotes musicais. Bem humorada, brinca que é uma espécie de “militante do saxofone”. “Eu gosto que usem o instrumento. No pop, eu acho que poderia ter mais, e definitivamente luto por isso”, afirma, listando as inúmeras parcerias de sua carreira: Blondie, Dave Stewart (do Eurtythmics), Chaka Khan, Joey DeFrancesco...
Tanto quanto se colocar em boa companhia, Candy transparece um desejo de se definir musicalmente, ao falar dessas colaborações. “Eu não tenho fronteiras, misturo muitos estilos, assim é minha música.” Trata-se de uma postura, ela prossegue, que vem de berço. Seu pai é um músico conhecido por agregar ao jazz estilos como R&B, disco, funk e diversos outros. Candy herdou dele o instrumento e a disposição para “burlar a tradição”. No caso dela, sobressai o “pop”, termo repetido várias vezes durante a entrevista.
Candy Dulfer, que toca desde os seis anos de idade, lançou seu primeiro álbum em 1990. Chama-se “Saxuality”, teve boas vendas e rendeu indicação ao Grammy. Na mesma época, trabalhou com Prince – aparece, inclusive, no vídeo de “Partytime”. Ela recorda esse tipo de coisa quando perguntada sobre “a recuperação de status do saxofone”, que tem aparecido em sucessos do pop de dias de hoje, como “The edge of glory”, de Lady Gaga, e “Last friday night”, de Katy Perry.
Candy sente-se satisfeita com a “justiça” que se vem fazendo com o instrumento, responsável involuntário por alguns dos instantes mais questionáveis da música popular de décadas passadas. Mas insiste em considerar que nunca se deixou abater por isso. Mesmo porque buscou manter aguçado o seu próprio senso de oportunidade. “Não sei como é no Brasil, mas as rádios por aqui não tocam jazz, só pop. E eu não tenho problemas em tocar pop songs”, observa, acrescentando o clichê de que “música boa é sempre música boa”.
Além de São Paulo, nesta segunda (7), Candy Dulfer toca no Rio de Janeiro (RJ), nesta quarta-feira (9). Os shows marcam o encerramento da quinta edição série Jazz All Nights, que neste ano trouxe ao Brasil Bobby McFerrin, Branford Marsalis e Esperanza Spalding.